“Justiça é dar a cada um o que lhe é devido”. Platão
A filosofia já gastou páginas e páginas tentando definir é que é justiça. O filme argentino O Segredo Dos Seus Olhos traz novamente essa temática e tenta contribuir com o debate fazendo a audiência refletir sobre até que ponto a justiça feita pelo Estado é eficaz e se é legítimo fazermos justiça com as nossas próprias mãos.
O diretor Juan José Campanella e o roteirista Eduardo Sacheri são mestres na arte de contar histórias. Apesar do filme começar um pouco lento e confuso, a história vai ganhando densidade aos poucos e termina com um final genial. A narrativa confunde drama com suspense e tem umas leves passagens de comédia. Só pelo enredo já vale a pena ver o filme. Eu ia fazer um resumo da história, mas tenho medo de adiantar alguma cena importante. Recomendo o filme a todos que gostam de suspenses policiais, a única diferença desse filme é que em nenhum momento segue um receituário previsível.
Uma curiosidade é que Campanella foi diretor de Law & Order: Special Victms Unit e de House. E foi roteirista de O filho da Noiva, filme argentino que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2002. Fica provada então sua maestria como bom narrador.
Como na maioria dos filmes latinos, a iluminação é péssima. Tenho uma grande dúvida para saber o motivo desse amadorismo na iluminação. Será falta de pessoal técnico qualificado, falta de dinheiro ou é tudo intencional e faz parte do estilo “latino” de fazer cinema?
O Segredo Dos Seus Olhos concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Acho que tem poucas chances de ganhar de A Fita Branca, mas a qualidade da história já valeu a indicação. O cinema argentino mais uma vez mostra que sabe fazer filme sem precisar recorrer à desgastada temática social.
Super apoio a vitória de "o segredo dos seus olhos" sobre "o fitilho alvo" ... não gostei de "a fita branca" de forma alguma, achei hypado e de uma densidade estilhaçada.
ResponderExcluirEsqueci de comentar a ótima atuação do protagonista, Ricardo Darín. A protagonista Soledad Villamil não conseguiu acompanhar a carga de tensão e drama que Darín conseguiu dar a seu personagem. Poderiam ter escolhido uma maelhor atriz para acompanhá-lo. Outra atuação muito boa foi do coadjuvante Guillermo Francella, que é quem consegue dar o toque de comédia ao filme, como assistente do Darín na promotoria.
ResponderExcluirvale a pena ir ao cinema assistir ou baixar e ver em casa?
ResponderExcluirSe tiver q escolher, assista A fita Branca no cinema.
ResponderExcluirEu não gosto de ver filmes em casa e nunca baixei um filme na vida. Por isso sempre recomendo ir ao cinema.
mas vc não votaria no Piratpartiet?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiramais. sou defensor do direito de propriedade intelectual.
ResponderExcluirEm todo caso, o mercado vai se ajustar. Ou o cinema vai desaparecer e viveremos de youtube, ou surgirão outros modos de ganhar dinheiro.
além de eu ser chic demais para economizar 9 reais de cinema. :)
Vi o filme hoje. Adorei. Achei que a iluminação confusa contribuiu para o clima de suspensação do enredo. Não se sabe ao certo o que aconteceu. O final é angustiante, surpreendente mas... é suspenso. O espectador sai da sala de cinema sem saber o que pensar.
ResponderExcluirPontos para o excelente roteiro.
[Quero discutir o final, para ver qual a sua opinião.]