Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Semana passada assisti Invictus com uma amiga. O filme coincide com a comemoração de 20 anos de libertação de Nelson Mandela – que ficou preso por quase 30 anos. No filme, Morgan Freeman interpreta o papel do primeiro presidente pós-apartheid de maneira bastante carismática. Frases de efeito, que demonstram a superioridade moral e de visão estrutural de longo prazo completam o personagem. Monta-se imagem de verdadeiro líder e estadista, construtor ideal que os sul-africanos precisavam em momento tão crucial na história daquele país.
O roteiro é leve; o enredo, simples. Tem começo, preparação para o clímax, clímax, superação, final feliz. Ótimo para uma tarde preguiçosa de domingo. O grande pecado do filme (ainda que tenha sido a proposta do enredo) é o fatigante destaque dado para o rugby, esporte nacional e elemento quase exclusivo de catalisação da unidade entre os sul-africanos. Mandela é apenas secundário na história, como parece transparecer pela capa do filme (acima). Ele é mero garantidor do sucesso do esporte como elemento de coesão social entre negros e brancos após o mais cruel regime de segregação racial das últimas décadas. O personagem de Morgan Freeman concorre em importância com o de Matt Damon, o capitão do time François Pienaar. Obviamente, o time ganha a copa do mundo – digo sem incorrer no risco de revelar o final do filme, final pra lá de previsível. Contudo, fica claro pelo roteiro e pela preocupação do presidente Mandela que, se perdessem, o futuro do país seria incerto; a nação poderia cair em perigosa desunião nacional. A conciliação entre negros e brancos estaria condenada. O papel de Mandela, no filme, foi, apesar de seu heróico passado, resumido a supervisor da ascensão do time de rugby.
Esporte é sim elemento de coesão social e pode ser instrumento de política, como tem sido comprovado com diferentes graus de êxito. Certamente, a vitória do time no campeonato de rugby, no imediado pós-apartheid, contribuiu para a harmonização racial da África do Sul. O problema foi a dedicação quase exclusiva do roteiro ao esporte. O filme não é sobre Mandela. É sobre superação e conquista – da Copa do Mundo de Rugby de 1995. Fica minha frustração pessoal com a proposta do enredo. Os R$9 do cinema só compensaram pela companhia e pela indicação do poema de William Henley.
E três vivas para o Piratpartiet.
(…) Sobre Mandela em filmes recentes, muito melhor é o Goodbye Bafana, de 2007.
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiradoro rugby. mas o ben cohen ficaria melhor no papel do Matt damon. kkkkkk
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